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Regresso à escola: três ideias para alimentar a esperança.


Livros!? Check

Mochila!? Check

Material escolar!? Check

Roupa nova!? Check


Quando pensamos no regresso à escola é inevitável considerar as listas de compras e de afazeres e de logísticas que precisamos preparar e resolver.

Para a maior parte das famílias não é novo, mas não deixam de ser umas semanas em que tudo parece caótico.


Pais e mães desdobram-se com as rotinas e as atividades e parecem já cansados antes de começar.

Crianças e adolescentes antecipam com crescente ansiedade as dificuldades que os adultos não se cansam de repetir – “agora é a sério!”, “tens que começar com o pé direito!”, “no secundário todos os testes contam!”.

E os professores? Desses nem nos lembramos, a não ser que façam greve. É que os professores também têm expectativas no regresso às aulas, mas estão, talvez, ainda menos esperançosos.


Como manter o entusiasmo de ver os miúdos a crescer?

Como manter a esperança de conseguir fazer o que queremos?


Barbara Fredrickson é uma das investigadores mais importantes na área das emoções positivas e do seu impacto no desenvolvimento e bem-estar.


Diz-nos que as emoções positivas abrem a nossa capacidade para pensar e para nos relacionarmos com os outros, o que é essencial para desenharmos soluções mais criativas para os problemas que encontramos.

Para isto acontecer, o nosso quotidiano tem que estar acima do limiar de positividade – o ponto a partir do qual as emoções positivas ultrapassam a influência das emoções negativas.


Uma dessas emoções positivas é a esperança. A esperança como antecipação de alcançar algo que desejamos.

Esta ideia de esperança aparece mais associada a essa crença de que o que queremos será atingível, mesmo que no momento não tenhamos disponíveis os meios para os alcançar.


Na sua investigação percebeu que as pessoas com tendência para acreditar que os seus objetivos são alcançáveis também mostram mais esperança acerca do futuro e seu crescimento pessoal.


E outras investigações apontam para evidências de que a esperança está relacionada com diversos fatores que contribuem para o sucesso académico (ex: persistência, auto-estima, bem-estar, e motivação)


Como ter então mais esperança?


Inspirada no trabalho de Barbara Fredrickson aponto três possibilidades:

Mais abertura – questionar as nossas expectativas rígidas e perguntar - “e se não for assim como eu pensava?”

Mais curiosidade – literalmente questionar, fazer perguntas e não partir do princípio que percebi logo tudo.

Mais gentileza – quando tiver que decidir entre duas possibilidades, escolher aquela que fará com que o dia da outra pessoa seja um bocadinho melhor.



No final, já se sabe, tudo se alinha e encaixa e afinal até parece que todas foram as melhores soluções.

Teremos é que nos lembrar que se correu bem, esse será o melhor indicador para alimentar a esperança no futuro



Foto @Vitória Pimentel


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