Experimente fazer o seguinte: Segure uma garrafa de água com o braço estendido. Até pode ser uma garrafa de 33cl. Tem é que ter o braço estendido.
Parece fácil, certo?
Quase não pesa nada.
Espere! Não largue. Mantenha o braço esticado mais tempo.
Começa a pesar?
Fique mais um pouco.
Começa a parecer que tem um tijolo na mão?
A dor começa a aparecer?
Tem vontade de largar?
Agora experimente fazer o seguinte:
Segure a mesma garrafa e estenda o braço.
Agora a cada 15 segundos baixe o braço e pouse a garrafa durante 5 segundos. Repouse.
Parece mais fácil que o anterior?
Sente que poderia continuar durante mais tempo?
Sente até que o seu braço está a ficar com o músculo fortalecido?
Uso algumas vezes este exercício para mostrar a diferença entre o bom e o mau stress.
No bom stress existe esforço, mas é o repouso que permite fortalecer o músculo. É o stress da adversidade.
No mau stress é o prolongar do esforço que “queima” o músculo e que leva ao esgotamento, ao trauma.
Para haver aprendizagem e crescimento tem que haver adversidade, sim. É ela que permite aprender a lidar com a frustração e com isso exercitar o músculo da resiliência.
E também este músculo é exercitado com o repouso. Com o colo. Com “Vais conseguir, vais ver!”
Já o trauma é dispensável. O trauma “queima” os músculos do tecido emocional. Aqui não há descanso. Pelo contrário, há o desassossego da insegurança e do abandono.
Dentro da nossa cabeça passam diferentes versões do “Não sou suficiente” num murmúrio que teimará em deixar de se ouvir.
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