Quase a terminar um curso de formação para professores, chegou o momento de treinarmos algumas estratégias simples de gestão de conflitos. Usamos o clássico role-play a partir de situações reais trazidas diretamente da sala de aula de cada um.
Experimentámos diferentes formas de comunicar. Vimos a diferença entre dizer “Tem calma, agora fica calada e ouve que tenho para dizer” com “Diz-me o que te preocupa? Conta-me o que aconteceu”. Vimos o impacto das duas. E como com a primeira a discussão continua e até sobe de tom e com a última tudo parece ficar calmo, como por magia. Falámos também da importância de definir limites e de como o fazer, dizendo simplesmente “Esse comportamento não é aceitável nesta sala”. E repetir todas as vezes quantas as necessárias.
Falámos de tudo isto e vimos o impacto que fazer estas pequenas mudanças na forma como se comunica pode ter, nos miúdos, no ambiente da sala, no nível de energia e no bem-estar do professor.
Vimos tudo isto e quase no fim alguém tem a coragem de perguntar:
“E para quem acha que tem feito tudo mal, que grita e que dá murros na mesa? Ainda vou a tempo de usar isto na minha sala?”
Sim! – respondi.
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