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Efeito Pigmalião ou “Cuidado com o que desejas”


Imaginem estes dois cenários.


1. A professor Luísa chega à sua nova escola e o diretor apresenta-lhe a sua turma do 1º ano desta forma


– “Tem aqui uma turma excepcional! Todos os alunos tiveram excelentes resultados no teste de aptidão para a escola.”


2. O professor Carlos chega à sua nova escola e o diretor apresenta-lhe a sua turma do 1º ano desta forma:


– “Tem aqui uma turma muito difícil! Todos os alunos tiveram resultados fracos no teste de aptidão para a escola”


Imaginem agora que as palavras do diretor não eram inteiramente verdade e que de facto os alunos tinham sido distribuídos aleatoriamente pelas turmas. O que aconteceria no final do ano?


Foi precisamente esta a experiência que dois autores conduziram nos anos 60 à qual chamaram “Efeito Pigmalião”.

O objetivo deles? Testar até que ponto uma criança de quem se espera um maior crescimento intelectual ou desempenho académico, irá de facto demonstrar melhores resultados do que outra criança com iguais habilidades mas de quem não se espera tanto.


E foi precisamente o que confirmaram. Sobretudo para as crianças mais novas – expectativas positivas em relação ao seu potencial aumentou o seu desempenho, quando comparadas com um grupo de controlo.


Esse fenómeno é também conhecido por profecia auto-realizadora. Ou seja, aquilo que imaginamos irá, de uma forma ou de outra, acabar por se concretizar.


O que aconteceria então se antes mesmo de começar o ano tirássemos um tempo para escrever numa folha de papel as nossas elevadas expectativas em relação ao nosso desempenho e ao dos alunos?


(A propósito vale bem a pena ver este excerto de uma palestra de Viktor Frankl.)

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