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O paradoxo da liderança

Na sala estavam 20 pessoas.

Todos profissionais de saúde.

Com diferentes experiências profissionais, desde recém formados até com mais de 20 anos de carreira, em instituições privadas ou públicas. Todos inscritos numa pós-graduação e com interesse e motivação em saber mais sobre gestão e liderança, porque talvez agora ou um dia venham a desempenhar papéis de gestão. De liderança.


Era a primeira aula e comecei (como sempre) pelo que eles trazem.

Duas perguntas.

A primeira: Qual ou quais as características que associo à minha (atual) chefia?

A segunda: Qual ou quais as características que associo à liderança?

Responderam todos

Os resultados repetiram os de outras salas, de outras turmas. Muito semelhantes.


A nuvem de palavras de resposta à primeira pergunta inclui palavras que apontam para características positivas, como sorridente, colaborante, empático.

E também palavras que apontam para características negativas, como desagregador, injusto, confusa.



Chefia: nuvem de palavras

A nuvem de palavras de resposta à segunda pergunta inclui exclusivamente palavras que apontam para características POSITIVAS!


Liderança:nuvem de palavras


Discutimos estes resultados.

Afinal como é?

Quando imaginamos a liderança, antecipamo-la (quase) perfeita e depois a realidade é sempre menor!?

Qual é o impacto desta discrepância em nós que somos os elementos de uma equipa? E nos líderes dessa equipa? E em nós que nos imaginamos nesse lugar de chefia? De líder?


“A realidade é melhor do que ficção”. Ou até mesmo que “A realidade ultrapassa a ficção”, ouvimos, de certeza muitas vezes, dizer.

Será isso!? Afinal o melhor se calhar não é o perfeito, o isento de falhas ou de limitações. O que temos é que superar essa ideia incólume de uma liderança assética e irrealista.


Quem sabe, assim serão menos frequentes as situações de conflito, de desânimo, de desmotivação e desesperança.

De todos: equipa e líderes.



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