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“Qual é afinal a diferença entre assertividade e arrogância?”

  • Foto do escritor: Isabel Lage
    Isabel Lage
  • 16 de nov. de 2022
  • 1 min de leitura

Marcelo veio do Brasil para fazer um mestrado em Engenharia Informática na FEUP há mais de uma década. Sorriso fácil, olhos bem abertos de curiosidade, tom de voz suave e calmo e cuidadoso nos gestos. Sempre preferiu observar os outros e aprender com eles, do que mostrar-lhes a sua voz e comandá-los.

Como é muito bom no que faz a sua carreira levou-o à liderança de equipas.

Achou que não estaria preparado. Sentia muita insegurança. Pediu ajuda.

A certa altura perguntava-se:

“Por vezes, sinto que a linha entre a assertividade e a arrogância é muito ténue e podem confundir-se. Qual é afinal a diferença?”

Originalmente a palavra “assertivo” terá significado a ideia de reclamar os próprios direitos ou autoridade. Derivada do latim “assertus”, descreve uma posição firme, de afirmação, de decisão, de segurança.

Algures no tempo a Psicologia terá resgatado este conceito para caracterizar um tipo de comunicação e de acordo com a Infopedia, “assertividade” passou a definir um “conjunto de atitudes e comportamentos que permitem ao indivíduo afirmar-se social e profissionalmente sem violar os direitos dos outros”.

Daqui a confusão. Quando eu reclamo e afirmo os meus direitos com firmeza é fácil parecer arrogante.

Como assegurar então a não violação dos direitos do outro?

A chave pode estar numa outra competência de comunicação que é tão negligenciada – a escuta.

Com atenção e cuidado pelo outro vamos perceber melhor os seus direitos, interesses ou necessidades e teremos por isso mais informação para poder não os violar.

Marcelo respirou de alívio e sorriu.

“Escutar é fácil para mim”

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