Ontem foi dia de tomar café com as amigas. Crescemos juntas nos últimos 30 anos. Entre as três, temos 6 filhas quase com as mesmas idades.
Somos três psicólogas e falamos muito de trabalho, e do mundo e das filhas que estão, neste momento, elas próprias na Faculdade. Falamos das diferenças que sentimos, das dificuldades, ou facilidades, que elas têm e que nós nunca sentimos. E qual é o nosso papel de mães na construção desse futuro?
Será, afinal, mais fácil ou mais difícil ser jovem e construir um futuro nesta época do que há 30 anos?
Há evidentemente mais ferramentas, mais recursos, mais informação, mais competências e mais cuidado. A maior parte destes jovens senta-se à mesa para jantar com pessoas que sabem mais sobre o mundo, mas também esperam mais deles. Todo o mundo espera mais deles.
E talvez por isso seja mais difícil. Esperamos que sejam mais interessados, mais envolvidos, mais informados, mais cultos, mais produtivos, mais saudáveis. Enfim, esperamos que sejam melhores …que nós.
E porque sabemos mais do que os nossos pais sabiam, ficamos apreensivas quando não percebem que agora é mais difícil, agora tudo tem que ser mais rápido!
A certa altura uma de nós desabafava. Agora durante o segundo ano da Licenciatura já estão a ouvir falar do Mestrado!
Saímos animadas, mais porque gostamos de estar juntas do que porque apaziguadas das nossas dúvidas. Um destes domingos, voltamos e talvez esteja sol!

Foto ©IsabelLage na Fundação Mapfre Madrid (Exposição "31 Mujeres")
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